No dia 15 de janeiro, o vulcão submarino Hunga Tonga-Hunga Ha'apai, localizado no pacífico sul, entrou em erupção. A explosão foi tão intensa, que pôde ser ouvida a mais de 800 km de distância, com duração aproximada de 8 minutos. A coluna de fumaça chegou a 20 km de altura e teve cerca de 260 quilômetros de diâmetro. O fenômeno causou ainda alerta contra Tsunamis em vários países.

Vulcões submarinos e suas erupções são pouco comentados, mas o fato é que cerca de 80% das erupções vulcânicas no mundo são subaquáticas! De acordo com o Museu Marítimo Nacional do Reino Unido, existem cerca de 1 milhão de vulcões deste tipo só no oceano pacífico.

O vulcão Tonga é constituído pela união de duas ilhas desabitadas, Hunga Tonga e Hunga Ha'apai, localizadas 65 km ao norte de Nuku'alofa, capital de Tonga, regiões de alta atividade sísmica.

O vulcanólogo Shane Cronin, professor de ciências da Terra da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, afirmou no artigo The Conversation, que Tonga se projeta 100 metros acima do nível do mar, porém, sob a água, ele ainda se estende por mais 1.800 metros de comprimento e quase 20 km de largura.

Nessa estrutura geológica, erupções menores já ocorreram nos anos de 2009, 2014 e 2015, e Cronin afirma que Tonga pode produzir grandes explosões a cada mil anos. Sabendo que a última grande atividade ocorreu no ano de 1100, não se descarta a possibilidade de que este fenômeno do começo de 2022 possa ser registrado como o mais agressivo deste século.